quinta-feira, novembro 24, 2011

Feliz foi a chapeuzinho...





Toda mulher sonha com um príncipe encantado. Mesmo as mais modernas e independentes. Mas acho que as histórias de contos de fadas deveriam vir com uma observação lógica no final. Depois do; “felizes para sempre...”.
Ora, puxa a ficha do malandro do príncipe encantado, aposto que é mais suja que galinheiro. É tudo uma questão de raciocínio; o cara é rico, anda no melhor cavalo, é bonito, não precisa dizer nada e só aparece no final. Moral da história: filhinho de papai, só anda de carrão, se acha o gostosão do pedaço, a mulherada deve dar em cima que é uma beleza (ou seja ele é galinha, porque “a tentação é grande e a carne é fraca”, segundo as desculpas pilantras dos homens dessa qualidade), largou os estudos (afinal é rico mesmo pra que ser doutor?!) ou comprou um diploma ou se formou em qualquer coisa só pra agradar aos pais, e pra completar com certeza deixou a namorada em casa mais cedo e passou na sua casa depois só pra marcar o ponto.
Agora me diz se uma receita dessas vai dar em felizes para sempre?
Quem foi o cretino que incutiu esse mito na cabeça da mulherada como receita de felicidade?
Se liga mulher... A coitada da mocinha sofre a história toda, passa por altos perigos, aprende a ter coragem, alto estima, a ser independente, a superar os seus medos e acaba com tudo isso em questão de segundos por causa de um pilantra que só aparece no final da história. E você aí ainda sonha com um príncipe encantado? Feliz foi a chapeuzinho vermelho (aliás, minha história preferida)!!! Ô menina de sorte! A única que em todas as histórias, começa trabalhando, percorre um longo caminho até a casa da vovó, ou seja, tem tempo pra se conhecer enquanto curtia os perigos da floresta, encontra um lobo que quer cheirá-la, olhá-la, ouvi-la e comê-la. E depois de passar pelas mãos do piriguete, é salva por um caçador ( nem imagino o que esse outro devia ter de bom, só sei que a história garante, que ele chegou armado e resgatou a menina). Agora me diz... você ainda prefere um príncipe, ao invés de um lobo ( que pelo menos mostra serviço, e de qualidade, fala o que você quer, na hora que você quer e serve pra tapear a carência), ou um caçador ( que não é rico, mas é bom de serviço... Literalmente (Rssss!), sincero, honesto, direito, trabalhador e quem sabe se você der sorte, ele seja até religioso)? Agora, pensa direito aonde você anda se metendo? Porque carinha bonita, corpinho sarado, dinheiro no bolso, só é bom por um tempo. Desgasta. Você é quem se ilude “lutando pela relação”, querendo levar esse cara a sério, e torcendo pra que der mesmo certo (cheia de calos nos joelhos de tanto orar, ou se apegando a todos os santos que puderem ajudar). E tudo isso porque “o príncipe”, te sorriu com uma carinha de bom moço e te passou uma conversinha bonita, daquelas que convenceria sua mãe e deixaria seu pai louco de raiva, por você ter caído nessa.
Enquanto é cedo, cai fora! E se já for tarde demais, cai fora também! Nessa vida só não se tem jeito pra morte. Esse cara com certeza só olha pra si mesmo.
 Procura um homem com conteúdo, que olhe pra você e te enxergue de verdade. Dá uma chance pra aquele carinha, que talvez não seja o mais bonito, o mais procurado pela mulherada, mas, que está disposto a se esforçar por você, e quem sabe você acabe descobrindo inúmeras qualidades que ele guardou só pra te dá! Hum... Rs!
Eu aconselho: - Meninas sejam espertas, sejam chapeuzinhos e divirtam-se porque a vida é curta demais pra se perder tempo com quem não vale a pena! E sejam felizes para sempre, sabendo que as rédeas das suas vidas estão nas suas mãos, e que vocês podem e devem construir e reconstruir a própria história sempre!
Juju Santana

Um comentário:

Julianna Santana disse...

Eu sei pessoal, esse texto é diferente de todos que tenho publicado. Mas descontraiam um pouco, a vida precisa de uma pausa para o humor(verídico), mas não deixa de ser humor... Riam e sorriam, nossas histórias estão sempre rodeadas de príncipes, lobos e caçadores... Mas o final delas somos nós que escolhemos!