quinta-feira, julho 23, 2009

Amor


A busca de todo ser humano é o amor, seja ele qual for; um amor eros, um amor fraterno, materno, aquele eterno, que é o amor Divino, enfim o correspondido ou aquele que mesmo não sendo correspondido só por existir faz bem.
Todos nós buscamos alguém com quem se possa contar sempre ou quase sempre, para rir ou chorar, para lamentar ou agradecer, para apenas ficar em silêncio ao lado de quem se ama, e isso é o que nos impulsiona a sonhar, nos dá esperança e pouco a pouco quando menos percebemos estamos dispostos a enfrentar o que vier só pelo simples fato de ter alguém importante com que se possa contar, só por esse alguém nos fazer perceber o quanto somos capazes e como é bom viver em meio de tanta satisfação e carinho dispensado a nós.
O homem que perdeu a vontade de sonhar, que amargurou-se, que não acredita no outro, que deseja por fim a tudo, esse é o que precisa de mais cuidado, mais carinho, mais compreensão e muito amor.
Julianna santana.
"Não devemos deixar que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz."
Madre Tereza de Calcutá.

Eternas páginas




Páginas não envelhecem, nem saem de moda, sejam elas celulose, sejam elas virtuais, páginas são eternas, não morrem. Eu invejo a folha de papel, elas nunca ficam limpas por muito tempo, elas podem ser corrigidas, recicladas, elas podem conter só um rabisco, "coisas boas, coisas ruins", elas sempre fazem sentido para alguém. Entendo que ser folha de papel tenha suas complicações, a angústia da juventude e o destino nas mãos de segundos, terceiros..., a verdade é que toda folha deseja ser página um dia. Quando porém eternizadas, são queridas por todos e até mesmo o mais ignorante dos homens deseja entendê-las com todo o seu esforço. Pois nelas o aroma da sabedoria exala com poder, por viverem muitas vidas, mesmo contando uma mesma história; sempre conseguem ser novas versões de si mesmas. 
Julianna Santana

A página


Um dia sonhei ser uma página; nesse dia tudo corria tão normal que eu não esperava que aquele breve cochilo, me trouxesse o mais doce dos sonhos, cochilo tão significativo que sonhei sonhar o mesmo sonho por semanas. Como eu dizia, sonhei ser uma página e eu era tão leve, tão alva, tão simples que parecia até sonho. Lembro-me bem que a única ambição que possuia naquele instante, era a de pertencer a mãos ágeis e a uma mente brilhante. Ansiava pela minha vez de sair da daquela imensa pilha de papel e me transformar em parte de uma história, contar minha versão dos fatos; várias vezes, provocando reações diversas aos leitores e fazer sentido aos olhos de quem me despisse, acalmando uma alma ou influenciando gerações. Sonhava em ser página de uma obra, não importando qual posição ocupasse, podia ser a apresentação do livro, o seu ápice ou o felizes para sempre, mas queria muito fazer parte do conjunto. Quiça, eu não fosse um best seller, ou nem mesmo um caderno de poesias, ou mesmo um livreto qualquer, ainda assim sonhava ser uma página inesquecível, talvez um coração com dois nomes dentro, mas um que fosse lembrado com ternura e saudade para sempre, sempre e sempre. Um dia eu sonhei ser uma página e foi o melhor sonho da minha vida!
Julianna Santana